Museu Felícia Leirner em Campos do Jordão
Felícia Leirner nasceu em 1904 em Varsóvia, na Polônia. Mudou-se para o Brasil 1927, e em 1962 trocou a cidade de São Paulo por Campos de Jordão em busca de uma vida junto à natureza.
Em 1978, Felícia intensificou seu trabalho e inaugurou o Museu Felícia Leirner, e em 1982, concluiu sua produção para o Museu.
Em casa, continuou a distrair-se com bordado, desenho, escrita e criando peças menores em barro, depois fundidas em bronze, a maioria em forma de pássaros. Felícia Leirner faleceu em 1996, aos 92 anos, na residência de São Paulo.
Foi por meio do trabalho de Felícia Leirner – considerada uma das artistas mais importantes do país – que a escultura brasileira contemporânea ganhou prestígios internacionais. Após a doação de vários trabalhos, a escultora atrelou seu nome, à história de Campos do Jordão e das artes plásticas brasileiras.
“O que faço: arrumo, desarrumo, corto, emendo, arranjo, furo papel, pano, tudo que estiver ao meu alcance arrumando, desarrumando, modificando. E daí, o que valeu? Valeu o que eu senti e modifiquei”. – Felícia Leirner
Dentre suas principais premiações estão a de Aquisição do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1955, e o prêmio de Melhor Escultor Brasileiro, durante a Bienal de São Paulo, em 1963. Em 1957, suas esculturas foram incorporadas aos acervos do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e ao Museu de Arte Moderna de Paris (Centro Georges Pompidou), na França.
Outras coleções internacionais também acolheram suas obras, como o Hermitage, na Rússia, o Royale de Belgique, na Bélgica, oEin-Hod, em Israel, e a Moderna Galeria de Belgrado, na Sérvia.
O Museu Felícia Leirner foi inaugurado em 1978, em Campos do Jordão, oficializado em 2001 pelo Decreto Estadual nº 46.466.
Localizado em uma área de mata com 35 mil m², o museu reúne um conjunto de 85 obras de bronze, cimento branco e granito da artista Felícia Leirner, distribuídas ao ar livre, no jardim do espaço que divide com o Auditório Claudio Santoro, sede do Festival Internacional de Inverno.
As obras dispostas no jardim seguem o critério da própria artista, as esculturas estão agrupadas pelas fases da trajetória de Felícia: figurativa (1950-1958), a caminho da abstração (1958-1961), abstrata (1963-1965), orgânica (1966-1970) e recortes na paisagem (1980-1982).
O conjunto das obras revela a paixão da artista pela natureza e pelo local, que foi considerado um dos mais importantes do gênero no mundo pela Revista Sculpture, do International Sculpture Center, de Washington D.C. (EUA), em 1987.
Av. Dr. Luis Arrobas Martins, 1880 – Alto Boa Vista
Campos do Jordão/SP
Informações: (12) 3662-6000
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